Gripe Suina

GENEBRA (AFP) — A Organização Mundial de Saúde (OMS), elevou a 5 o nível de alerta da pandemia de gripe suína, considerada iminente, ao mesmo tempo em que conclamou os países a ativar seus preparativos para enfrentá-la.
Em entrevista à imprensa na sede da instituição, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que "todos os países devem ativar imediatamente seus planos de preparação para a pandemia".
A organização havia realizado à noite, hora local, uma reunião de emergência com 15 especialistas internacionais para estudar a possibilidade de elevar o nível de alerta a 5, a penúltima fase, antes da declaração de pandemia.
Um bebê mexicano de 23 meses faleceu vítima do vírus A/H1N1 no Texas (sul dos EUA), tornando-se a primeira morte confirmada da gripe suína nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Doença e Prevenção americanos (CDC).
A epidemia é "evidentemente preocupante", e requer "o máximo de precauções", declarou o presidente Barack Obama.
A ministra espanhola de Saúde, Trinidad Jiménez, anunciou quarta-feira que um dos 10 casos de gripe suína detectados no país foi observado numa pessoa que não viajou ao México.
"Até o momento, todas as pessoas afetadas haviam passado recentemente pelo México, exceto uma delas, na Catalunha (nordeste) que é o primeiro caso confirmado com as características na Espanha", disse Jiménez, acrescentando "ter sido um contágio indireto".
No México, onde se desenvolveu o vírus, há sete mortes confirmadas e 159 "suspeitas", anunciou o ministro da Saúde, José Angel Cordova. Vinte e três novos casos de doentes foram detectados nesta quarta-feira, elevando a 49 o número de pessoas infectadas pelo A/H1N1.
A Áustria se tornou nesta quarta-feira o décimo país atingido pela epidemia. Uma mulher contraiu o vírus durante uma viagem à Guatemala com escala no México. A Alemanha, por sua vez, confirmou três casos de gripe suína.
Também na Europa, a Grã-Bretanha anunciou três novos casos, elevando o total de doentes a cinco.
Além do México, os países mais atingidos são os Estados Unidos (91 casos, segundo as autoridades), o Canadá (13) e a Nova Zelândia (três casos confirmados e 14 muito prováveis).
A epidemia também alcançou Israel e a Costa Rica, ambos com dois casos confirmados.
O vírus, que segundo as autoridades mundiais atinge principalmente "jovens adultos com boa saúde", se transmite por via respiratória. Os sintomas - febre, dor de cabeça e dor no corpo - são semelhantes aos da gripe sazonal, que mata a cada ano 250.000 a 500.000 pessoas em todo o mundo.
O vírus não se transmite pelo consumo de carne de porco, mas vários países, como a Rússia e a China, suspenderam total ou parcialmente suas importações suínas.
O Egito adotou uma medida ainda mais radical, ao decidir abater todos os porcos do país.
Preocupados com o comércio da carne suína, produtores de porcos do Brasil, da Comissão Europeia e as autoridades americanas propuseram deixar de usar o termo "gripe suína" uma vez que se trata de um vírus humano, não de uma enfermidade animal.
O diretor interino dos CDC, Richard Besser, disse que o nome oficial do vírus é "gripe H1N1 2009".
A China anunciou que doará ao governo mexicano 5 milhões de dólares - um milhão em dinheiro e quatro milhões em ajuda humanitária - para combater a doença, enquanto o Movimento de Países Não-Alinhados (NoAL) conclamou Havana a conceder ajuda solidária ao México.

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